sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Olá,gente.

Neste post vou falar sobre uma comparação que eu achei meio esquisita - mas que,sinto que poderia dizer muito.

Primeiro, há uns dias atrás,eu tava pensando sobre os deuses hindus...e via imagens deles e talz.

Vendo e comparando imagens, tô começando a achar q as divindades hindus,tipo Brahma começaram como femininas. Pois,se for ver,os deuses hindus são todos afeminados,até as divindades masculinas. Com rostos,cabelos,gestos,jóias.... Como algo que se identifica como feminino ,é masculino?

Vemos,a montagem que fiz:



Na imagem,os deuses : Hécate (grega),Brigith (celta)e Brahma (hindu).

Eu achei extremamente semelhante as imagens desses 3 - mas claro que até tem mais deuses parecidos - mas esses seria bom citar,já que são os mais populares.

Mas bem, uma coisa que fiquei intrigada também,é que... acho que a cultura do mundo oriental e europa ocidental se originou (láá nos primórdios) por aí entre a Índia e Paquistão(se não me engano) - e não sou a única a achar isso! Não lembro o nome do antropólogo que acredita nisso tbm,mas quando eu achar,vou postar aqui.

Acho então,que os celtas,gregos e etc... todos eram povos q se originaram na cultura primitiva da Índia.


Futuramente pesquiso mais sobre isso. Mas o problema nem é pesquisar,é achar.. Muitos sites nem contam sobre os "primórdios da Índia.
Mas qnd eu achar,com certeza postarei aqui!

=))

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

As divindades femininas: No princípio, eram as deusas

Nos quatro cantos do mundo, as primeiras divindades eram mulheres: Pótnia, Astarte, Ísis, Amaterazu, Nu Gua. Nas antigas sociedades, elas representavam o começo e o fim de tudo.Hoje, ajudam a entender o passado remoto dos homens.

Em Çatal Huyuk, na Turquia, a estatueta de uma mulher sentada num trono e ladeada por duas panteras, em cujas cabeças ela coloca as mãos, sugere ao mesmo tempo a imagem da mãe e da senhora da natureza. Suas formas generosas — quadris largos e seios grandes— reforçam ainda mais essa idéia. O nome da figura feminina é Pótnia, a deusa de Çatal Huyuk, a mais antiga cidade que se conhece do período Neolítico, cerca de 10 mil anos atrás. De Pótnia nasceram outras divindades femininas também adoradas pelos homens pré- históricos. Sua estatueta, esculpida por volta de 6500 a.C., foi uma das muitas encontradas na Europa e no Oriente Médio, algumas mais antigas, do Paleolítico Superior (de 50 mil a 10 mil anos atrás).

Essas descobertas levaram historiadores e arqueólogos a sugerir que, bem antes de venerar deuses masculinos, os antepassados do homem teriam adorado as deusas, cujo reinado chegou até a Idade do Bronze, há cerca de 5 mil anos. Não se sabe a rigor o exato significado daquelas estatuetas, até porque pouco ou quase nada se conhece dos costumes dos homens pré-históricos. Mas não resta dúvida de que por um bom tempo as deusas reinaram sozinhas, deixando os poderes masculinos à sombra. Em seu livro Um é o outro, a filósofa e professora francesa Elisabeth Badinter tenta explicar a supremacia feminina a partir do que se supõe teriam sido as relações entre homens e mulheres naquelas épocas distantes.
A idéia é que o homem do Neolítico—ao contrário dos seus antecessores do Paleolítico, que eram caçadores, e dos seus descendentes da Idade do Bronze, guerreiros—dedicava-se à criação de rebanhos e à agricultura. Ou seja, já não era necessário arriscar a vida para sobreviver. Nesses tempos relativamente pacíficos, em que a força bruta não contava tanto como fator de prestígio e as diferenças sociais entre os sexos se estreitavam, é bem possível que deusas—e não deuses—tivessem encarnado as principais virtudes da cultura neolítica.

Entre as centenas de estatuetas encontradas, algumas têm em comum os seios fartos e os quadris volumosos como Pótnia. Talvez a mais famosa seja a Vênus de Willendorf, encontrada às margens do rio Danúbio, na Europa Central. Nela, os seios, as nádegas e o ventre formam uma massa compacta, de onde emergem a cabeça e as pernas — na verdade, pequenos tocos. Igualmente reveladora é a Vênus de Lespugne, descoberta na França: embora mais estilizada, guarda as mesmas características de sua irmã de Willendorf.
Mas, das esculturas pré- históricas encontradas até hoje, são raras as que apresentam os traços femininos tão exagerados — o que dá margem a um debate sobre o que significava afinal a figura feminina (devidamente divinizada) nos primórdios das sociedades humanas. Os historiadores tendem a achar que os primeiros homens a viver em grupos organizados davam mais importância à sexualidade feminina do que à fertilidade, embora não seja nada fácil separar uma coisa da outra. No entanto. a imagem à qual acabaram associadas foi a da maternidade. Há quem não concorde. "Traduzir o culto dos ancestrais às deusas como simples exaltação à fertilidade é simplificar demais", comenta a historiadora e antropóloga Norma Telles, da PUC de São Paulo, que estuda mitologia praticamente desde criança. "Na realidade, a deusa não é aquela que só gera. Ela é também guerreira, doadora das artes da civilização, criadora do céu, do tecido e da cerâmica, entre muitas outras coisas."

De fato, em muitos mitos, a deusa aparece como quem dá o grão aos homens, e não apenas no sentido literal de nutrição. Assim, por exemplo, Deméter, venerada pelos gregos como a deusa da colheita, ajudava a cultivar a terra — arar, semear, colher e transformar os grãos em farinha e depois em pão. Deméter ensinava ainda os homens a atrelar as animais e a se organizar. Os gregos explicaram a origem do mundo com outro mito feminino: o da deusa Gaia. Doadora da sabedoria aos homens, ela limitou o Caos—o espaço infinito—e criou um ser igual a ela própria: Urano, o céu estrelado.
Pouco depois, Eros, símbolo do amor universal, fez com que Gaia e Urano se unissem. Desse casamento nasceram muitos filhos e, assim, a Terra foi povoada. A crença de que o Universo foi criado por uma divindade feminina está presente em quase toda parte.
Ísis, a mais antiga deusa do Egito, tinha dado a luz ao Sol. Na Índia, Aditi era a deusa-mãe de tudo que existe no céu. Na Mesopotâmia, Astarte, uma das mais cultuadas deusas do Oriente Médio, era a verdadeira soberana do mundo, que eliminava o velho e gerava o novo. Essa idéia aparece com clareza nas efígies datadas de 2 300 a.C., que mostram Astarte sentada sobre um cadáver. Também para os chineses foi uma deusa—Nu Gua — quem criou a humanidade. Seu culto apareceu durante o período da dinastia Han (202 a.C.-220 d.C.). Representada com cabeça de mulher e corpo de serpente, a venerável Nu Gua encarnava a ordem e a tranqüilidade.

Os chineses dizem que, cavando barro do chão, ela moldou uma figura que, para sua surpresa, ganhou vida e movimento próprio. Entusiasmada, a deusa continuou a moldar figuras, mas a natureza mortal de suas criaturas a obrigava a repetir eternamente o trabalho. Por isso, Nu Gua decidiu que os seres deviam se acasalar para se perpetuarem—daí também ela ser considerada pelos antigos chineses a deusa do casamento. Do outro lado do mundo, na América pré - colombiana, os astecas tinham em Tlauteutli sua deusa da criação. Para eles, o Universo fora feito de seu corpo. Os maias tinham igualmente sua deusa-mãe. Era Ix Chel. De sua união com o deus Itzamná nasceram os outros deuses e os homens.
Com o passar do tempo, deuses e homens passaram a dividir com as deusas o espaço no Panteão, o lugar reservado às divindades. Para Elisabeth Badinter, isso acontece quando a noção de casal vai deitando raízes nas sociedades. Pouco a pouco, da Europa Ocidental ao Oriente, "reconhece-se que é preciso ser dois para procriar e produzir", escreve ela. Mas o culto à deusa - mãe ainda não é substituído pelo do deus - pai. O casal divino passa a ser venerado em conjunto. As deusas só serão destronadas com o advento das religiões monoteístas, que admitem um só deus, masculino. Com a difusão do cristianismo, as antigas deusas são banidas do imaginário popular.

No Ocidente, algumas acabaram associadas à Virgem Maria, mãe do Deus dos cristãos, outras se transformaram em santas. Mas outras ou foram excluídas da história ou acusadas pelos padres de demônios e prostitutas. As deusas das culturas indo-européias tinham em comum o poder de criar, preservar e destruir—davam a vida e recebiam de volta o que se desfazia. Esse aspecto destrutivo das divindades femininas foi o mais atacado pelos inimigos do politeísmo. A suméria Astarte, por exemplo, não escaparia à ira nem dos profetas bíblicos nem dos primeiros cristãos: para uns e outros, ela era a encarnação do diabo.
No império babilônico, Astarte foi venerada sob o nome de Ishtar, que quer dizer estrela. Nos escritos babilônicos, ela é a luz do mundo, a que abre o ventre, faz justiça, dá a força e perdoa. A Bíblia, porém, a descreveria como uma acabada prostituta. A importância dada ao lado violento, destrutivo, talvez explique por que a deusa hindu Kali Ma aparece no filme de Steven Spielberg, O templo da perdição, como a encarnação da violência. Ela é a sanguinária figura em nome da qual se matam e torturam adultos e se escravizam crianças.

No entanto, para os hindus, mais especialmente para os tantras — adeptos de uma derivação do hinduísmo —, Kali é a deusa da transformação e nesse sentido mais filosófico é que ela é destruidora, da mesma forma como a passagem do tempo destrói. Representada como uma mulher negra com quatro braços e uma serpente na cintura, pode aparecer também com um colar de crânios no colo e uma cabeça em cada mão.
Em seus templos, espalhados por toda a Índia, realizavam-se sacrifícios de búfalos e cabras. "Para os orientais, Kali é a desintegração contida na vida, visão essa que nós ocidentais não temos", interpreta a antropóloga Norma Telles. Se Kali foi vista como deusa sanguinária, outras divindades compensavam tanta violência. Sarasvati, a deusa dos rios, era para os hindus a inventora de todas as artes da civilização, como o calendário, a Matemática, o alfabeto original e até os Vedas, o texto sagrado do hinduísmo.
Também na América pré-colombiana, sobretudo entre os astecas, o culto às deusas e deuses incluía muitas vezes sacrifícios humanos. A deusa Tlauteutli é um bom exemplo. Um dia, os deuses descobriram que ela ficaria estéril, a menos que fosse alimentada de corações humanos. Na verdade, os astecas tinham uma visão apocalíptica do mundo: se não alimentassem a deusa, a Terra se acabaria.

Mas, à medida que começava a crescer o culto à deusa da maternidade, Tonantzin, diminuía o interesse dos astecas pelos deuses aos quais se faziam sacrifícios sangrentos. Mais tarde, com a chegada dos conquistadores espanhóis, Tonantzin foi identificada com a Virgem Maria. Isso acabaria acontecendo também com a deusa Ísis. Cultuada no Egito e no mundo greco - romano, ela representava a energia transformadora. Casada com o deus Osíris, morto pelo próprio irmão, Ísis não sossegou enquanto não lhe restituiu a vida. A lenda conta que as enchentes do Nilo eram causadas pelas lágrimas da deusa que pranteava a morte do amado. Por isso, as festas em sua homenagem coincidiam sempre com a época das cheias. É evidente que, ao festejá-la, os egípcios comemoravam a generosa fertilidade do rio Nilo. Nos primeiros séculos cristãos, Ísis passou a ser identificada com Maria.

Já a deusa Brighid, cultuada pelos celtas, ancestrais dos irlandeses, foi transformada pelo cristianismo em Santa Brigida. A veneração daquele povo por Brighid era tanta que ela era chamada simplesmente "a deusa". Dona das palavras e da poesia, era também a padroeira da cura, do artesanato e do conhecimento. As festas em sua homenagem se davam no dia 1º de fevereiro, antecipando a chegada da primavera. Na história cristã, a santa nasceu no pôr-do-sol, nem dentro nem fora de uma casa, e foi alimentada por uma vaca branca com manchas vermelhas. Na tradição irlandesa, a vaca era considerada sobrenatural.

Antes mesmo da chegada das religiões monoteístas, os mitos dizem que o convívio entre deuses e deusas começou a se tornar difícil e a igualdade dos poderes divinos começava a ficar abalada. Assim, por exemplo, Amaterazu, a deusa japonesa do Sol, de quem descendiam os imperadores, não se dava muito bem com o deus da tempestade. Conta a lenda que certo dia ele foi visitar os domínios da deusa e acabou por destruir seus campos de arroz. Furiosa, Amaterazu resolveu vingar-se trancando-se numa caverna — o que deixou o mundo às escuras. Depois de um tempo, como ela não saísse da caverna, uma multidão de deuses e deuses menores decidiu armar uma estratégia para convencê-la a mudar de idéia. Assim, colocaram diante da caverna um espelho que refletia a imagem do deus da tempestade, como se ele estivesse enforcado numa árvore, e começaram a dançar.

Atraída pela música, a deusa decidiu sair para ver o que acontecia. Ao deparar com a imagem no espelho ficou feliz e voltou ao mundo. Com isso, tudo se normalizou e os dias continuaram a suceder às noites. Outro exemplo dos conflitos entre as divindades é o caso da deusa grega Deméter e seu marido Hades, o deus do mundo dos mortos. Eles começaram a brigar pela guarda da filha Perséfone e a questão só foi resolvida com a mediação de Zeus, o deus supremo do Olimpo. Salomonicamente, ele determinou que a menina ficasse com cada um seis meses por ano. Das deusas veneradas no mundo antigo, não houve tantas nem tão famosas como as da mitologia greco - romana. Afrodite (Vênus, em Roma) talvez fosse a mais popular de todas, por encarnar o amor e as formas belas da natureza.

Ártemis (Diana) era a caçadora solitária, senhora dos bosques e dos animais. Seus lugares preferidos eram sempre aqueles onde o homem ainda não tinha chegado. Atena (Minerva) protegia a cidade, as casas e as famílias. O predomínio que as divindades femininas exerceram ao longo do tempo levou alguns pesquisadores do século XIX a supor que na pré-história as mulheres detiveram alguma forma de autoridade política. Não há registros arqueológicos que confirmem isso — hoje os especialistas não admitem que tenha existido alguma sociedade cujo controle estivesse com as mulheres. Mas também é certo que nos tempos pré-históricos, quando era outra a divisão social do trabalho, as mulheres tinham um papel preponderante na luta pela sobrevivência do grupo. É impossível saber com exatidão quando e por que deixou de ser assim. De uma coisa, porém, não se duvida: foram os homens quem primeiro traçaram a mitologia das deusas.



A primeira mulher de Adão
Segundo uma antiga lenda, a primeira companheira de Adão não foi Eva, mas uma deusa chamada Lilith—"monstro da noite", para os antigos hebreus—que brigou com Deus e por isso foi transformada em demônio. Na verdade, o castigo maior que Ihe impuseram os sacerdotes foi excluí-la dos relatos bíblicos da criação do mundo. Lilith, versão hebraica de uma divindade babilônica, sinônimo de "face escura da Lua", não se dava bem com Adão. Certo dia, cansada de desavenças, Lilith abandonou o marido e foi para o mar Vermelho, onde passou a viver entre demônios, com quem teve vários filhos.

Inconformado, Adão foi pedir a interferência de Deus. Este determinou então que Lilith voltasse imediatamente para casa. Mas ela recusou-se e foi condenada a devorar todos os seus filhos. Não bastasse, passou a ser considerada um demônio igual a outras deuses do mundo das trevas. Por tudo isso, no folclore judaico, cada vez que morria uma criança, dizia-se que Lilith a tinha levado. A lenda de Lilith perdurou entre os judeus pelo menos até o século VII.

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http://super.abril.com.br/cultura/divindades-femininas-principio-eram-deusas-438696.shtml

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Nanã Buruku

Nanã Buruku (ou Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu, Nanã Borutu), é um nome pertinente a um vodun e orixá das chuvas, dos mangues, do pântano, da lama (barro molhado), senhora da Morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne). Identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejilobon e representado materialmente pelo candomblé através do assentamento sagrado denominado igba nanã.

 Nanã Buruku é cultuada no Candomblé Jeje como um vodun e no Candomblé Ketu como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue, pântano, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiyê, Iroko, Osanyin, Oxumarê e Yewá.

Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginada como uma anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões Afro-brasileiras. Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com os espíritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos, Nanã Buruku poderia ser equiparada à deusa greco-romana Deméter-Ceres-Cíbele.

A existência do culto de Nanã Buruku é atribuída a tempos remotos, anteriores à descoberta do ferro, por isso, em seus rituais, não costumam ser utilizados objetos cortantes de metal.

O baobá ("Adansonia digitata L.", em iorubá ossê e em Fon akpassatin) é sua árvore sagrada.
No sincretismo afro-católico, Nanã Boroquê, como é chamada na Umbanda, é equiparada à Sant'Ana.
Nanã no Batuque - RS: Nanã no Batuque (Religião Afro-Gaúcha) é a Iemanjá mais velha de todas, embora não seja Iemanjá.

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Dia: sábado Data: 26 de Julho (dia dos avós no Brasil)
Metal: Latão Cores: Branco e azul ou preto e roxo
Comidas: Aberém, mugunzá, mostarda e taioba
Símbolos: Ibiri e bradjá
Elementos: Águas paradas e lamacentas
Região da África: Ex-Daomé
Pedra: Ametista
Folhas: Folha-da-costa, folha de mostarda, manacá, ojú oro, oxibatá, papoula roxa, quarana
Odu que Rege: Odilobá
Domínios: Vida e morte, saúde e maternidade
 Saudação: Salúba!

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Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3_Buruku

KUNDALINI Tantra Reiki

O sistema Kundalini Tantra Reiki é uma poderosa ferramenta de cura total, compilado de diversas fontes nos reinos físico e espiritual, para ser compartilhado com toda a humanidade. Busca a energia em três fontes principais. A Fonte Cosmica (Reiki), A fonte da Terra - Kundaliní, e na Teia da Vida (A Fonte Interna).

O terapeuta Zanon Melo diz que, no Sistema Kundalini Tantra Reiki, usamos a Energia Reiki de forma potencializada para o trabalho com energias do interior da Terra. Essas energias se misturam com as energias do Cosmos, de altíssimos níveis vibracionais, em nosso templo interior - nosso corpo - e nos permitem o seguro despertar da Kundaliní e a integração na teia da vida (Tantra), possibilitando a saúde total, trazendo ao planeta, à Gea, à Mãe Terra, o prazer que nos é possibilitado pelos Seres Ascencionados, quando nos apóiam no encontro de nossa vocação: a felicidade.

- Também usamos a Energia Kundalini, que é a forma mais forte de energia polarizada existente na Terra. É totalmente Yin, de natureza alquímica e sexual. Kundaliní significa aquela que tem a forma da serpente. É o poder espiritual da Grande Mãe Terra, cujo propósito é despertar a vibração energética no coração humano, para amar incondicionalmente tudo que existe. A Kundaliní se eleva ao Cosmos, a fonte da energia totalmente Yang, e se funde com a consciência cósmica universal. Situa-se enroscada três vezes e meia no Múládhárá Chacra e, enquanto adormecida, funciona como uma chama esperando para ser atiçada - explica.

Segundo ele, a Kundalini é tão poderosa que é considerada uma Deusa no hinduismo, a Mãe Divina ou Shaktí Universal. Tudo depende dela, de acordo com seu nível de atividade: a tendência a andar em pé, a saúde física, os poderes paranormais, a iluminação interior, a capacidade sexual, a sensoralidade, o prazer e o nível de felicidade.

- Essa serpente espera aprendermos a amar de forma integral e incondicional a existência terrestre para despertar. Quando aprendemos, eleva-se pelos canais de energias sutis que conectam os chacras entre si, inundando nosso corpo e nossa mente com uma quantidade imensa de energia. O resultado é podermos usar todos os nossos recursos, adquiridos e potencializados, trabalhando para o todo, para nosso desenvolvimento adicional e para o Universo, uma vez que nada funciona fora da abrangência da energia - observa o terapeuta.

- Assim, podemos trabalhar com o máximo de energia e espalhar amor para todos os seres - continua. Assim, nós temos o despertar da Energia Kundaliní no tempo e no nível apropriado. Naturalmente, não é fácil aprender a amar o mundo em cada um de seus aspectos. Mesmo assim é possível através da consciência, do modo holístico, despertar nossa Kundaliní para servir a Teia da Vida (Tantra).

Zanon Melo diz que, na prática, como representantes do planeta, temos em nós uma pequena parte dele e podemos tentar desenvolver uma relação interior verdadeira, através do entendimento mais profundo. Desde que todas as partes são contidas como informação em cada porção individual do universo, a representação de nosso corpo existe dentro de nossas células. Dessa forma, podemos aprender a amar e a compreender o todo.

- Uma vez no caminho do crescimento espiritual do aprendizado da amorosidade e da compassividade, a Energia Kundalini irá possibilitar o desenvolvimento interno e externo, a cura, aumentando o prazer e a felicidade. Fácil e muito prático. Mas precisamos de renascimentos diversos para dominar e executar essa tarefa. Por isso a iniciação na energia Kundalini Tantra Reiki - ressalta.

Segundo ele, a iniciação no Kundalini Tantra Reiki é uma forma de energização, um renascimento, um novo começo, uma ferramenta que possibilita prosperidade, saúde, felicidade, abundância e amor nessa existência.

- Seu 3º componente é o Tantra, palavra em Sanscrito que significa "teia", o emaranhado de ligações energéticas que nos faz "um". Assim, o iniciado nessa ciência milenar passa a ser responsável pelo funcionamento da Teia. Dia-a-dia a prática de Kundaliní Tantra Reiki aumenta a integração à Teia da Vida, através do uso cada vez mais amplo da energia Kundaliní. E os Mestres Ascensionados e Seres Espirituais fornecem o apoio necessário - lembra.

De acordo com Zanon Melo, a abrangência do Tantra é o projeto do Criador, fonte de toda matéria e energia. Sendo fonte, é intelectualmente indescritível, mas podemos ver a todo momento seu projeto e sentir sua energia. Sendo fonte, dele tudo emana, além do espaço e do tempo que fazem parte de seu projeto na nossa dimensão. Então, como partes do "uno", do Criador, devemos inserir tudo no espiritual.

- Assim, atingimos a plenitude do prazer, o paraíso. E o levamos para onde vamos. Assim, levamos o paraíso dentro de nós. Esse é nosso salário. O prazer fornecido pela Teia da Vida ou a dor que sentimos quando estamos fora de nosso habitat natural, levados por sentimentos que nos agridem (cegos de raiva, mortos de medo...). Enfim, o kundalini Tantra Reiki nos possibilita escolher a felicidade ou a infelicidade - destaca ainda.

O terapeuta lembra também que, através dos níveis de Kundalini Tantra Reiki, a energia sexual é elevada como chamas até o seu transbordamento como amor puro, indo desde o chacra de Géa - A Mãe-Terra - até os chacras situados acima de nosso coronário, limpando definitivamente nossos caminhos para as mais altas freqüências vibracionais.

- Aí reside a cura total, a fonte do prazer, o amor, as "ligações espirituais", a prosperidade, a abundância, a percepção e a intuição. Quanto aos métodos usados, esses são muito simples, mas extremamente efetivos. Seu enfoque é na criatividade, nos estados mentais, na abertura psíquica e, conseqüentemente no prazer. Assim acreditamos que a cura se dá quando acontece a integração total do praticante à Teia da Vida, quando a saúde física nos serve para possibilitar o prazer e a felicidade de estar vivos, vivendo intensamente cada momento. Um dos resultados mais significativos dessa terapia é a intensificação dos prazeres sensoriais, por isso, há um grande campo de aplicação no tratamento de dificuldades sexuais, depressões e desenvolvimento espiritual.

Segundo Zanon Melo, o sistema Kundalini Tantra Reiki é apoiado por Sete Chohans: Mestres Ascensionados El Morya, Lanto, Serapis Bey, Paulo - o Veneziano, Hilarion, Ladi Nada e St. Germain. Alguns outros que o apóiam com força e poder são: Arcanjos Miguel, Raphael, Samuel, Gabriel, Jophiel, Christine, Uriel, Aurora, Zadkiel e Ametista, Mãe Maria, Ascensionado Mestre Maitreia, Mestre Ascensionado Buddha, Deusa Isis, Kuan Yin, Deusa da Prosperidade, Gea e Sananda.

- Todos temos acesso a esses aspectos da divindade, mas recebendo a iniciação em Kundalini Tantra Reiki e praticando suas técnicas preparamos os canais para os Mestres Ascensionados e Arcanjos facilitarem a subida da Energia Kundalini, bem como para receber a ajuda necessária para integração total à Teia da Vida - garante ele.




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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Curso Wicca

Recomendo:

Curso de Wicca para Brasileiros

http://www.4shared.com/get/WFGIPVE4/Curso_de_Wicca_para_Brasileiro.html
A LeiScott Cunningham

1. Somos da Antiga Tradição, daqueles que caminham com a Deusa e com o Deus e recebem seu amor.
2. Conserve o Sabbats e Esbats para melhorar suas habilidades, caso contrário, diminuirá sua conexão com a Deusa e com o Deus.
3. Mal nenhum. Esta é a antiga lei e ela não está aberta para interpretações ou mudanças.
4. Que não jorre ou caia sangue nos rituais; a Deusa e o Deus não precisam de sangue para que sejam adorados de maneira apropriada.
5. Aqueles da nossa Tradição são bons com todas as criaturas, no entanto, aqueles que têm pensamentos negativos e nos esgotam inteiramente, não são dignos de nossa perda de energia. A miséria é auto-imposta, assim sendo, também a alegria, portanto crie alegria e despreze a miséria e a infelicidade. E tudo isto com sua força interior. Não há mal algum.
6. Ensine somente aquilo que você sabe, dê o melhor de si, para aqueles estudantes que você escolheu, mas não passe conhecimento para aqueles que poderiam usar seus ensinamentos para destruir ou controlar. Além disso, ensine sem vangloriar-se, se lembre sempre: aquele que ensinar por vaidade conseguirá somente um pouco de orgulho por seu trabalho; mas aquele que ensinar por amor será envolvido pelos braços da Deusa e do Deus.
7. Sempre se lembre disso se você pretende estar dentro da Tradição, mantenha a Lei próxima a seu coração, pois é a natureza do Wicca manter a Lei.
8. Se a necessidade chegar, nenhuma lei poderá ser modificada ou descartada, e se novas leis forem escritas para substitui-las, contanto que estas novas leis não descaracterizem as antigas: não há mal algum.
9. Bençãos do Deus e da Deusa para todos.

A lei do Poder

1. O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. (Se surgir necessidade para tais atos, o Poder deverá ser usado APENAS para proteger sua vida ou de outros);
2. O Poder só deve ser utilizado conforme as necessidades;
3. O Poder pode ser utilizado em seu benefício, desde que ao agir não prejudique ninguém;
4. Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o recebe. Não seja como os de outras religiões;
5. Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da magia;
6. Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e não deve JAMAIS ser mal usado ou abusado;

Bruxaria

A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da Língua Portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca. É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria. Para os bruxos atuais, contudo, a bruxaria é o culto à deusa e ao deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking).

Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços, seja ele bruxo ou não, e feitiço, o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade. A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou "energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir, englobando a feitiçaria e muitas outras formas de ação sobre o plano físico.

A bruxaria tradicional e a bruxaria moderna

Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de bruxaria tradicional e da moderna. A bruxaria tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A bruxaria moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a bruxaria tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da bruxaria moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na bruxaria tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental. Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.

Dois Princípios Básicos na Bruxaria
A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.

* O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.

* A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.


Fonte:
http://confrariadebruxos.blogspot.com/

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Deusa Serpente

As longas jornadas, em um denso vale obscuro, me guiavam para o preciso obstáculo de minhas caminhadas.

Seguindo o chamado da Deusa, curvava-me para desvencilhar as pequenas fendas dos mágicos caminhos da escuridão.

Os pensamentos pairavam entre minhas entranhas assim como o frio assombrava o revestimento de meu ser.

Lembranças de vidas passadas inundavam minha memória, imersa em profundas reflexões sobre os desejos da Grande Mãe Serpente.

Dançando os ritos sagrados em meus pés desnudos, traçava as tranças divinas no solo de escamas antigas.

Minha voz ressoava em ecos aos mundos, melodias gritavam de meu corpo, transmutando em energias sonoras, as abençoadas vibrações pagãs.

A fogueira iluminava a profunda noite, a Rainha Naja dançava a fertilidade e seu espírito serpenteava a sensualidade de germinar a Terra.

As brasas estalavam o brilhar dourado de uma nova jornada de viver.

Escrituras cravadas no chão proliferavam as filhas da Deusa, sementes plantadas na genital da Grande Mãe Terra.

Os pandeiros conduziam os chocalhos em um frenesi sagrado; os ventres veneravam a colheita em espirais e intenções de reverências aos Imortais.

O rubro coloria as vestes e os presentes, em um círculo rastejante ao solo virginal.

As dengosas serpentes enroscavam-se nos braços sacerdotais em eternas circulares, contemplando a imunidade dos venenosos e as seivas da Grande Mãe Natureza.

Ao redor da celebração da fecundação escamosa, reuniam as mais veneradas ervas em caldeirões ferventes e em poções ardentes.

A terra era cultivada, os pedidos recebidos, as oferendas realizadas e a Sagrada Serpente reverenciada em sua espiral; que não parava de girar e girar nas diversas encarnações de seu ventre de fertilidade eterna.


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Fonte:
Autoria: Morgan le Fay
http://www.circulosagrado.com/

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os treze princípios da Bruxaria

1  Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas fases da lua e os feriados sazonais. 

2  Reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação ao meio-ambiente. 

3  Nós damos créditos a uma profundidade de poder muito maior que o aparente a uma pessoa normal. Por ser tão maior que ordinário, é às vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos como algo naturalmente potencial a todos.

4  Nós vemos o poder criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade - como masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando através da interação das mesmas polaridades masculina e feminina. Não valorizamos um acima do outro, sabendo serem complementares. 

5  Reconhecemos ambos os mundos exterior e interior, ou mundos psicológicos - ás vezes conhecidos como mundo dos Espíritos, inconsciente coletivo, Planos Interiores, etc - e vemos na interação de tais dimensões, vendo ambas como necessárias para nossa realização. 

6  Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam, respeitamos os que dividem de maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que corajosamente deram  de sim em liderança. 

7  Vemos religião, magia, e sabedoria como sendo unidos na maneira em que se vive nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que identificamos como bruxaria ou o caminho wiccaniano. 

8  Chamar-se de Bruxo não faz um bruxo -  assim como as hereditariedade, ou a coleção de títulos, graus e iniciações. Um bruxo busca controlar as forças interiores que tornam a vida possível, de modo a viver sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a natureza. 

9  Reconhecemos que é a afirmação e satisfação da vida, em uma continuação de evolução e desenvolvimento da consciência, que dá significado ao Universo que conhecemos, o nosso papel social dentro deles. 

10  Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia, dá-se pelo fato de suas instituições terem chamado ser "o único verdadeiro e correto caminho", e lutado para negar liberdade a outros, e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças. 

11  Como Bruxos Americanos, não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da história da arte, das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições. Somos preocupados com nosso presente e nosso futuro. 

12  Não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade conhecida como "Satã ou Demônio". Não buscamos poder através do sofrimento de outros, nem aceitamos o conceito de que benefícios pessoais só possam ser alcançados através da negação de outros. 

13  Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem estar. 



http://www.adeptus.xpg.com.br/
"A natureza grita, mas poucos escutam. Pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE. Viva de forma SUSTENTAVEL! Lembre-se dos 3 R's:  REDUZA o uso, REÚSE o que puder, RECICLE tudo o que for possível."


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Diana, Regina delle Streghe

Stregheria ou Diana, Regina delle Streghe são termos usados para a antiga Bruxaria italiana, como também para se referir a um movimento moderno neopagão surgido na Itália e nos Estados Unidos a fim de resgatá-la. Diana, sincretizada com a deusa grega Ártemis, é a deusa da caça, da noite, da magia e da feitiçaria. É a principal divindade para alguns grupos e praticantes de tradições da stregoneria, prática neopagã que atribui suas raízes históricas no folclore e nas supostas reminiscências de cultos pagãos da Itália.

Também é chamada, pelo folclorista Charles Godfrey Leland, de Tana e Jana. Segundo registros do mesmo autor na obra Aradia - O Evangelho das Bruxas (Aradia - The Gospel of The Witches), a deusa é irmã e consorte de Lúcifer (identificado, por outras fontes, como Dianus Lucifero) e mãe de Aradia, uma bruxa mítica que teria nascido na Itália e ensinado servos e mulheres a praticar a bruxaria e o culto à sua mãe.
O movimento teve influências não só da obra de Leland, mas também de autores neopagãos, como Gerald Gardner (que é tido como fundador da Wicca).


http://pt.wikipedia.org/wiki/Diana,_Regina_delle_Streghe

Stregheria

Stregheria é um termo usados para a antiga Bruxaria italiana, como também para se referir a um movimento moderno neopagão surgido na Itália e nos Estados Unidos a fim de resgatá-la. Na língua italiana, "Stregoneria" significa simplesmente Bruxaria.
Para algumas pessoas, a Bruxaria Italiana é tida como a "Velha Religião" (Vecchia Religione, em italiano), culto neopagão italiano com origens nos velhos mistérios Egeu-Mediterrâneos. A stregheria é uma religião iniciática imposta por diversos clãs, na maioria hereditários e extremamente herméticos.
Já para outras, a Stregoneria é simplesmente a prática de bruxaria de influências italianas, desvinculada de religião, já que para Bruxaria Tradicional a mesma não é considerada uma 'Religião' per se, mas sim um Ofício, uma prática de feitiçaria independente da religiosidade.

A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Streghe (Bruxas em Italiano).
A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana e Dianus Lucifero. Alguns praticantes, no entanto, mantém seu culto firmado em algumas deidades, criando com elas uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Diana e Dianus, embora, indubitavelmente eles sejam os mais cultuados.
As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, que os romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial e geográfica que os privilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos e tradições trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos, tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.
Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e na cultura judaico-cristã, pois com a conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharam esse caráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre os praticantes recém-convertidos. Estes são atualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias e rezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.
Animulare, Tanarra, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimas para "streghe" em diversos dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas na verdade são apenas palavras de diversos dialetos.

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Culto

O Culto das Streghe Neo-Pagãs centra-se na figura da Deusa Diana e seu irmão e Consorte Dianus Lucifero. Mas este Culto, deve-se deixar claro, é aquele mantido por praticantes modernos, e não correspondem a Bruxaria Italiana como um todo. Deve-se dizer ainda, como demonstrativo da variedade de práticas e pensamentos ligados a 'Stregoneria' que há muitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Santos Católicos, enquanto há outros grupos e praticantes que se focam na figura do Diabo e demônios menores. Portanto, não é possível generalizar a 'Stregoneria' como uma prática única, ou como um único Culto.
Quando feito dentro de famílias ou em grupos de práticas, os rituais da Bruxaria Italiana também buscam a cura, a fertilidade e a prevenção ou quebra do mal olhado, também conhecido como malocchio ou jetattura, bem como o amaldiçoamento de seus inimigos e feitiçaria para diversos fins, sejam benéficos ou maléficos.
Dentro das tradições das streghe ocorrem também ritos solares, obedecendo tanto às estações do ano, quanto à ciclos de plantio e colheitas nas diferentes regiões da Itália.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Stregheria

Reitia

Reitia, definida com o epíteto de potnia theron ("domadora dos animais") era uma divindade venerada entre os antigos vênetos. É uma das mais conhecidas deidades do nordeste italiano.

Enquanto seu lugar no panteão não é totalmente conhecido, a importância dos cultos para a sociedade dos vênetos é atestada em achados arqueológicos. Um amplo acervo de ofertas votivas em cerâmica e metal foi encontrado num altar vêneto em Baratella, perto de Este. Em vêneto dá-se o epíteto de Śahnate, a curadora, e Pora, a boa e pura. Ela também foi uma deusa da escrita; Marcel Detienne interpreta o nome Reitia como "aquela que escreve" (cf. Proto-Germanic *wreitan- 'to write' (Inglês); escrever). Incrições dedicadas a ela são uma das principais fontes de conhecimento da língua vêneta.

O nome pode também estar associado ao povo habitante de Reti, da região de Alpina.

É associada às divndades de clássicas de Ártemis/Diana: relacionada ao culto de fertilidade, de saúde, mas também ao comércio. Os romanos identificaram-na mais tarde como Juno.

Em tempos romanos o culto foi substituído ou associado ao de Minerva.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Reitia
Bruxaria Ancestral é a tradição bruxa que venera Deuses Ancestrais, ou seja, Deuses anteriores ao surgimento das religiões, e cujo culto precede o surgimento da atual civilização. A única instituição viva que segue e professa a Bruxaria Ancestral é a Ordem Sagrada de Bennu, e o único Casal Sagrado de seu panteão que divulgam a não membros é Kher-Nun (representado com chifres semelhantes aos de um cervo) e Hator, que não é sinônimo da antiga Deusa egípcia Hathor, muito embora seja subsidiariamente representada da mesma forma.

Achados paleoarqueológicos como as estátuas da Vênus de Willendorf, Vênus de Lespugue, Vênus de Laussel e outras do gênero, como a antiquíssima Vênus de Tan-Tan são indícios da existência de cultos a uma só Deusa Mãe durante a Era Glacial Würm III (até aproximadamente 10.500 A.E.C. - Antes da Era Comum). Tais cultos seriam remanescentes de uma religião global anterior a todas as surgidas durante esta civilização (6.500 A.E.C. até os dias atuais). Seja esta religião ancestral atávica e inerente ao ser humano ou tradicional, passada de geração em geração, ela é a base da Bruxaria Ancestral.

Muito embora a maioria das tradições bruxas, sobretudo as modernas, pareçam se basear na bruxaria medieval, há menção de práticas e crenças bruxas em documentos cujos originais são anteriores à Idade Média, dentre eles diversos épicos gregos, contos árabes, papiros egípcios, sagas celtas e escandinavas e o Antigo Testamento cristão. As Deusas Κίρκη (Circe) dos gregos, Ceridwen dos Celtas e ocasionalmente a Ísis dos Egípcios, por exemplo, eram tidas como Feiticeiras. Estas práticas e cultos referidos por estes povos seriam remanescentes de práticas e crenças da Bruxaria Ancestral anteriores à Era Glacial Würm III.
É fundamental não confundir Bruxaria Ancestral com Bruxaria Familiar, que se refere às tradições bruxas passadas por linhagem de sangue, ou seja, de pai para filho (geralmente de mãe para filha). Ao contrário disso, a Bruxaria Ancestral é passada por linhagem bruxa pela via iniciática, ou seja, de mestre para peregrino, não havendo necessidade de sangue bruxo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxaria_ancestral
Wicca

princípios básicos:
 Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas fases da Lua, e aos feriados sazonais.

 Nós reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação a nosso meio ambiente. Buscamos viver em harmonia com a Natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo completa satisfação à vida e à consciência, dentro de um conceito evolucionário.

 Nós damos crédito a uma profundidade de poder muito maior que é aparente a uma pessoa normal. Por ser tão maior que ordinário, é às vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos como algo naturalmente potencial a todos.

 Nós vemos o Poder Criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade - como masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando através da interação das mesmas polaridades masculina e feminina.

 Não valorizamos um acima do outro, sabendo serem complementares.

 Nós reconhecemos ambos os mundos exterior e interior, ou mundos psicológicos - às vezes conhecidos como Mundo dos Espíritos, Inconsciente Coletivo, Planos Interiores, etc. - e vemos na interação de tais dimensões a base de fenômenos paranormais e exercício mágico.

 Não negligenciamos qualquer das dimensões, vendo ambas como necessárias para nossa realização.

 Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam, respeitamos os que dividem maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que corajosamente deram de si em liderança.

 Nós vemos religião, mágica, e sabedoria como sendo unidas na maneira em que se vê o mundo e se vive nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que identificamos como Bruxaria ou o Caminho Wiccano.

 Chamar-se "Bruxo" não faz de você um Bruxo - assim como a hereditariedade, ou a coleção de títulos, graus e iniciações.

 Um Bruxo busca controlar as forças interiores, que tornam a vida possível, de modo a viver sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a Natureza.

 Nós reconhecemos que é a afirmação e satisfação da vida, em uma continuação de evolução e desenvolvimento da consciência, que dá significado ao Universo que conhecemos, e a nosso papel pessoal dentro do mesmo.

 Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia, dá-se pelo fato de suas instituições terem clamado ser "o único verdadeiro e correto caminho", e lutado para negar liberdade a outros, e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças.

 Não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da História da Arte, das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições.

 Somos preocupados com nosso presente e com nosso futuro.

 Nós não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade conhecida como "Satã" ou "o Demônio" como defendido pela Tradição Cristã.

 Não buscamos poder através do sofrimento de outros, nem aceitamos o conceito de que benefícios pessoais só possam ser alcançados através da negação de outros.

 Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem estar.


Fonte:
http://www.circulosagrado.com/cs/wicca/sobrewicca.php

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Deusa Cailleach
Rainha da Tempestade

Cailleach fala:  
Meus ossos são frios, meu sangue é ralo.
Eu busco o que é meu. O busco o que ainda não foi semeado. Eu busco os animais para cavernas quentes e mando meus pássaros para o sul. Eu ponho meus ursos para dormir e mudo o pelo de meus gatos e cães para algo mais quente. Meus lobos me guiam, seu uivo anuncia minha chegada. Os cães, lobos e raposas cantam a canção da noite, a serenata da Anciã, a minha canção.
Eu disse sim à vida e agora digo sim à Morte. E serei a primeira a ir para o outro lado.
Eu trago o frio e a morte, sim, pois este é meu legado. Eu trouxe a colheita e se você não colheu suas maçãs eu as cobrirei de gelo. Após o Samhain, tudo o que fica nos campos me pertence.

Cailleach é a própria terra. Ela é as rochas cobertas de musgo e o pico das montanhas. Ela é a terra coberta de gelo e neve. Ela é a mais antiga ancestral, velada pela passagem do tempo. Ela é a Deusa da Morte, que deixa morrer tudo o que não é mais necessário. Mas é tb ela quem encontra as sementes da próxima estação. Ela é a guardiã da semente, a protetora da força vital essencial ao ressurgimento da vida após o inverno. Ela guarda a própria essência do poder da vida. Ela é o poder essencial da Terra. Nos mitos Celtas Ela representa a Soberania sobre a terra e um rei só podia reinar após realizar o casamento sagrado com Ela, que representa o Espírito da terra.

Cailleach é uma das maiores e mais antigas Deusas da humanidade. Ela é um aspecto da Deusa como a Anciã, principalmente na Escócia. Um derivativo de seu nome, Caledonia, foi dado àquele país. Seu nome, assim como seu título de Mãe Negra, é muito próximo ao nome Kalika, um dos títulos de Kali. Alguns estudiosos acreditam que ambas sejam derivadas de uma Deusa ainda mais antiga, talvez uma das primeiras expressões da face negra da Deusa já cultuadas pela humanidade. Ela foi e é conhecida por inúmeros nomes: Cailleach Bheur or Carlin, na Escócia; Cally Berry ou Cailleach Beara, na Irlanda; Cailleah ny Groamch, na ilha de Man; Black Annis, na Bretanha e Digne, no país de Gales, todas equivalentes a Kali.

Cailleach também é considerada uma outra forma das Deusas Scathach e Skadi. Na Irlanda ela era conhecida como uma divindade que podia trazer e curar doenças, principalmente de crianças. O nome Caillech significa mulher velha, bruxa ou mulher velada. Sua imagem velada a relaciona com os mistérios de se conhecer o futuro, particularmente a hora da morte de cada um. Nas lendas Medievais ela era a Rainha Negra do Paraíso, aquela a quem os espanhóis chamavam de Califia; a palavra Califórnia vem deste nome.

Cailleach rege o céu, a terra, o Sol e a Lua, o tempo e as estações. Ela criava as montanhas com as pedras que carregava em seu avental, mas também trazia aos homens as doenças, a velhice a morte. Ela era também um espírito protetor dos rios e lagos, garantindo que eles não secariam. Ela controla os meses de inverno, trazendo o frio, as chuvas e a neve. Mas um de seus principais títulos é Rainha da Tempestade, pois com seu cajado ela trazia e controlava as tempestades, particularmente as nevascas e furacões.

Cailleach é a guardiã do portal que leva à parte escura do ano, iniciada no Samhain e é invocada nos rituais de morte e transformação. Nos mitos da troca de poder entre as faces da Deusa ela recebe o bastão branco dos meses de luz e o torna negro para os meses de trevas, devolvendo-o à Donzela no Imbolc. Em alguns mitos diz-se que Ela retorna à terra no Imbolc, tornando-se pedra para acordar somente no próximo Samhain.

Como Seu nome não aparece nos mitos escritos da Irlanda, mas apenas em histórias antigas e nomes de lugar, presume-se que Ela era uma divindade pré-celta, trazida pelos povos colonizadores das ilhas Britânicas, vindos do leste Europeu, possivelmente da Índia. Ela era tão poderosa e amada que mesmo quando os recém chegados trouxeram suas divindades, como Brigit, Cailleach ainda continuou sendo lembrada.

Apesar de ser considerada uma Deusa Anciã, Ela é quase sempre representada com um rosto jovem, mostra de seu poder de se rejuvenescer constantemente. Ela possui um aspecto Donzela parecido com Diana, sendo a protetora dos animais selvagens contra caçadores. Ele protege principalmente o cervo e o lobo, assegurando bandos saudáveis. Há um mito antigo que conta que os caçadores oravam a Cailleach para saber onde encontrar os cervos e quantos matar. Ela os guiava para a aqueles que podiam ser mortos, desobedecê-la trazia sua fúria, em forma de ataques de alcatéias para a vila dos desobedientes.

Ela também possui um aspecto Mãe, sendo aquela a quem as mães pediam que curasse seus filhos das doenças do inverno. O Gato é um de seus animais sagrados. Em algumas lendas ela toma a forma de gato para testar o caráter das pessoas. Em sua forma humana, ela costumava ir de casa em casa no inverno pedindo abrigo e comida. Os que a acolhiam contavam com sua eterna bênção e proteção e os outros eram amaldiçoados e não atravessam o inverno incólumes. São também sagrados para ela o corvo e a gralha.

Seu rosto é azul e seus cabelos sempre são representados soltos e brancos, escapando de seu manto e capuz. Ela carrega um caldeirão em uma das mãos e um cajado na outra. Seu cajado ou bastão lhe conferia o poder sobre o tempo, fazendo dela uma das Deusas mais importantes para a manutenção da vida no planeta. Ela é também uma Deusa associada à crua honestidade e à verdade, doa a quem doer.
Ela também aparece como uma mulher velha que pede ao herói que durma com ela, se o herói concorda em dormir com ela, ela se transforma em uma linda donzela.

O Livro de Lecam (cerca de 1400 E.C.) alega que Cailleach Beara era a Deusa da qual se originaram os povos da região de Kerry. Na Escócia ela representa a personificação do inverno, nasce velha no Samhain e fica cada vez mais jovem até tornar-se uma linda Donzela no Beltane.

O contato com esta Deusa nos ajuda a redescobrir a soberania sobre nossa própria vida, um tipo especial de poder e confiança. Cailleach, violenta como pode parecer, vive em todos nós. Ela nos traz a sabedoria para deixar ir aquilo de que não mais precisamos e manter as sementes do que está para vir. Ela vive no limite entre a Vida e a Morte.


Fonte:
caminhodassombras.org

TIAMAT
Uma analogia entre seu mito, conforme contato pelo patriarcado e a história da humanidade.

Texto original de Rae Beth, traduzido e adaptado por Naelyan Wyvern.

A Deusa babilônia Tiamat é conhecida por ser o oceano primordial de onde toda a vida surgiu. Não apenas a vida na Terra, mas a própria Terra e o Universo inteiro. Este oceano simbolizava um estado no qual não havia nada, mas ao mesmo tempo possuía todas as coisas em potencial. Ele era sentido como uma imagem espiritual de poder criativo que também se manifestava na Terra como seus grandes oceanos. Tiamat é a governante das marés, internas e externas. Ela não representa apenas o princípio dos ritmos da natureza, ela também ordena o destino. Por isso, os fluxos e refluxos da Sorte estão em suas mãos.

Infelizmente, a única versão de seu mito que nos foi legada é a versão patriarcal, conforme contada no Épico da Criação do Enuma Elish. Mas se olharmos essa versão com atenção poderemos perceber que a história poderia ser uma metáfora para a história da raça humana.

Tiamat, a Deusa do Oceano e seu filho e consorte Apsu, Deus das águas intercontinentais foram a primeira mãe e o primeiro pai de toda a vida. Eles criaram o Universo e uma raça de Deuses menores.

Os Deuses menores perturbavam a paz eterna de Tiamat e Apsu e por isso, Apsu sugeriu destruí-los. Com medo do pai, os Deuses se reuniram e escolheram um campeão para matá-lo. A dor de Tiamat foi imensa e ela por fim, decidiu combater os Deuses jovens. Ela criou uma raça de monstros para combater seus filhos, mas acabou sendo derrotada por Marduk. Uma vez que eles não podiam destruí-la, os Deuses cortaram seu corpo em duas partes, usando uma metade para formar o céu e outra para formar a terra.

Em um nível, essa é a história da dominação de uma cultura mais antiga, matriarcal e adoradora da Deusa por uma cultura patriarcal. Mas por trás desta história política de disputa de poder entre homens e mulheres jaz outra história sobre os ciclos da criação.

Tiamat, como a Mãe da Vida, criou todos os seres, junto com seu consorte Apsu, o Pai de tudo. Ela começou assim, o processo do destino. Seu consorte estava de acordo com ela e a harmonia e a paz que eles desfrutavam eram infinitas e eternas. Juntos, eles eram a Fonte de Toda a Vida. Mas seus filhos (que aqui representam a raça humana) foram se distanciando da sabedoria original, deixando de ver a terra como sagrada, envolvendo-se em conflitos, deixando-se levar pela ganância. Por isso, eles se tornaram barulhentos, causando dor à Mãe e ao Pai.

O Pai de tudo, prevendo problemas, começou a ter dúvidas. As crianças haviam deixado a paz verdadeira da espiritualidade (a paz do ventre da Mãe) e se entregaram a processos de vida violentos e caóticos. Havia sofrimento, conflito e competição. Isto perturbava Apsu. As crianças finalmente se voltaram contra seus próprios criadores e mataram o pai. Em outras palavras, o harmonioso Apsu, Guardião da Lei Divina, que era um com a Mãe, foi destruído por uma nova forma de energia masculina, beligerante e violenta. O masculino e o feminino entraram em conflito. Uma vez que assassinamos nosso conceito de Leis da Natureza (Apsu) e voltamos nossas costas para o amor (a Deusa Mãe Tiamat) somos obrigados a lidar com a fúria do destino – a perturbação da natureza (A decisão de Tiamat de combater seus filhos).

Tiamat tentou derrotar as forças beligerantes do patriarcado e talvez isso tenha limitado o poder dessas forças. Como o final do mito nos conta, eles não puderam destruí-la. Colocando de outra forma, o Princípio Feminino do Universo lutou para barrar um poder masculino desequilibrado, uma vez que o verdadeiro e eterno masculino havia sido destruído. O sacrifício deste masculino original, que era um com o feminino e o apoiava, lançou a humanidade em um ciclo de conflitos, guerras, violência e dor. E será assim até que um novo ciclo do tempo traga o renascimento do verdadeiro masculino (um princípio de harmonia e respeito às leis naturais).

Mas para que a Grande Mãe Tiamat possa novamente dar à luz a Apsu, seu próprio corpo dividido deves ser reunido. No mundo humano, podemos ver essa partição do feminino na forma pela qual o patriarcado (em suas 3 religiões dominantes) vê as mulheres. De um lado uma prostituta terrena, o corpo “imundo” e pornográfico da mulher sexual, cheio(segundo os sacerdotes dessas religiões alegam) de luxúria carnal. De outro um ser espiritual assexuado sem auto-afirmação ou sensualidade. Uma bela e obediente virgem que mal tem um corpo e depois se torna (sem nenhum contato carnal) uma figura materna de auto-sacríficio.

O que podemos fazer sobre isso começa então dentro de nós mesmos, com nossas decisões pessoais e individuais. Se nós rejeitarmos a assim chamada separação entre nossa espiritualidade e nossos corpos (em particular, a sexualidade de nossos corpos) e celebrarmos o corpo físico pelo que ele é, uma manifestação dos princípios Divinos, podemos começar a reunir o corpo partido de Tiamat. Isso significa reclamar nossa sexualidade como sagrada e de uma beleza vibrante, quer a expressemos com um parceiro, parceira ou sozinhos. Este é o princípio por trás da nudez ritual, estar nu não em vergonha ou temor, mas em orgulho, ao viver sua espiritualidade. Este é o rito de Tiamat.

Alguns estudiosos acreditam que a guerra descrita no Enuma Elish pode ter sido baseada em batalhas físicas reais pela supremacia entre os povos adoradores da Deusa do sul da Suméria e a civilização patriarcal em expansão, vinda do norte.

Antes que possamos virar a maré contra o patriarcado, devemos olhar além da violência para nos reunirmos, corpo e espírito em um só. Devemos primeiro curar a velha ferida da dualidade corpo/espírito que internalizamos dentro de nós. Então, nosso mundo, também poderá ser um só.

Os babilônios patriarcais celebravam a destruição do “Monstro Marinho” Tiamat por Marduk a cada ano. Ela foi associada então a qualidades “sombrias” – violência caótica, feiúra e malícia. De seu desmembramento um novo mundo foi criado, um mundo de autoritarismo e hierarquia, exploração e sofrimento, opressão dos pobres e o denegrir das mulheres e rebaixamento de seu status em termos espirituais e políticos. Uma humanidade em desarmonia consigo mesma e conseqüentemente, com todos os demais seres vivos. É um mundo que nos parece horrivelmente familiar – pois é o mundo em que vivemos.

Fonte:
A Deusa e o Deus

O Divino Feminino
A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminimo, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituida na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.

Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.

A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.

Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.

Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.

É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.

Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).


A Deusa e o Deus
"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...


O Deus Cornífero
O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.

Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas vaira muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.

O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.

Daí surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.

Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.

Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionisio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...

Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. O Deus é o Ancião sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.

E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.

Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...

Ele que é Pai, Filho, Bebê Iluminado, Amante Selvagem, Sábio Educador... ele, o Deus que se revela apenas pela Deusa.

Fonte: http://www.templodadeusa.com.br/

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que é Wicca?
Para entendermos o que é Wicca, é necessário falarmos um pouco da Deusa, e de suas várias faces. Nessa página, você encontrará uma breve história dela, alguns fundamentos e feitiços da Wicca. Divirta-se!

A DEUSA

O período neolítico não conhecia deuses - vigorava o matriarcado, com a Deusa-Mãe. O conceito de paterno inexistia e a moral, a ciência e a religião ocupavam a mesma esfera. Com a instituição do patriarcado, o cálice foi derramado através da espada, relegando o elemento feminino.

Com o fim da era e Peixes, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aquário para resgatar Sofia, o arquétipo da Sabedoria.

Assim como o Taoísmo primitivo, todas as religiões ancestrais isualizavam o Universo como uma generosa Mãe.

Nada mais natural: não é do ventre delas que saímos? De acordo com o mito niversal da Criação, tudo teria saído dela. Entre os egípcios, era chamada de WICCA A RELIGIÃO DA DEUSA
Nuit, a Noite. "Eu sou o que é, o que será e o que foi." Para os gregos era Gaia - Mãe de tudo, inclusive de Urano, o Céu. Entretanto, ela não era apenas fonte de vida, como também senhora da morte. O culto a Grande- Mãe era a religião mais difundida nas sociedades primitivas. Descobertas arqueológicas realizadas em sítios neolíticos testificam a existência de uma sociedade agrícola pré-histórica bastante avançada, na região da Europa e Oriente Médio, onde homens e mulheres viviam em harmonia e o culto à Deusa era a religião.

Não há evidências de armas ou estruturas defensivas, onde se conclui que esta era uma sociedade pacífica. Também não há representações, em sua arte, de guerreiros matando-se uns aos outros, mas pinturas representando a natureza e uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino.

Essas esculturas também foram encontradas em Creta, datadas de 2.000 a.C. Na sociedade cretense as mulheres exerciam as mais diversas profissões, sendo desde sacerdotisas até chefes de navio. Platão conta que nesta sociedade, a última matrifocal de que se tem notícia, toda a vida era permeada por uma ardente fé na natureza, fonte de toda a criação e harmonia. Segundo historiadores, a passagem para o patriarcado deu-se em várias esferas.

Na velha Europa, a sociedade que cultuava a Deusa foi vítima do ataque de poderosos guerreiros orientais - os kurgans. O Cálice foi derrubado pelo poder da Espada. Outro fator decisivo para tal transformação foi o crescimento da população, que levou as sociedades arcaicas à "domesticação da terra".

Os homens tinham que dominar a natureza, para obrigá-la a produzir o que queriam.

Com a descoberta de que o sêmen do homem é que fecunda a mulher (acreditava-seque esta gerasse filhos sozinha), estabeleceu-se o culto ao falo, sendo este difundido pela Europa, Egito, Grécia e Ásia, atingindo o seu ápice na Índia.

Com o advento do monoteísmo, e patriarcado - e a conseqüente ominação da mulher -o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. "O onoteísmo não é apenas uma religião, é uma relação de poder. A crença numa única divindade cria uma hierarquia - de um Deus acima dos outros, do mais forte sobre o mais fraco, do crente sobre o não-crente."

Jeová, Deus dos Hebreus, em cujos mandamentos assentam-se as raízes da nossa ivilização judaico-cristã - é o melhor exemplo do Deus patriarcal. Ele é um Deus patriarcal. Ele é um Deus guerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo eleito com toda a sua força poderosa, esperando em troca fidelidade e obediência aos seus mandamentos. Ele trabalha com o medo.

O mito de Lilith mostra bem essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando-se a submeter-se à Adão, tentava igualdade com ele. "Por que devo deitar-me sob ti?" -ela questiona, e é punida por Jeová, que envia um anjo para expulsá-la do Paraíso.

Blasfemando e criando asas, numa demonstração de liberdade, Lilith
abandona o Paraíso e voa para o Mar Vermelho, onde dá início a uma dinastia de demônios.

Mas Adão fica, e sente-se só. Jeová então cria Eva, a mulher,
condenada eternamente à inferioridade.

Como enunciava Santo Agostinho, a mulher não era a imagem de Deus - apenas o homem era. Ela era, no máximo, a imagem de uma costela.

Embora a personagem do Deus cristão seja bem mais suave do que seu antecessor - o Deus de Jesus é piedoso e compreensivo, enquanto
Jeová distribui medo e castigos, na opinião de muitos a totalidade feminina encontra-se cindida na mitologia cristã: maternidade e sexualidade.

A Virgem e Maria Madalena. Nos Evangelhos Apócrifos, Madalena é tida como líder ativa no discipulado de Cristo. O Evangelho de Felipe realça a união do homem e da mulher como símbolo de cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e WICCA A RELIGIÃO DA DEUSA

Madalena, a companheira do Salvador. Contrapondo-se à figura de Madalena, a Virgem está associada apenas ao lado maternal do feminino, estático e protetor.


BAIXE O LIVRO:
http://www.amadeuw.com.br/livro.php?c=15&id=709&t=Wicca%2C+a+Religi%E3o+da+Deusa
A Deusa Sedna

Conheça a Deusa do 10º planeta do sistema solar, sua lenda, símbolos e invocações.

Deusa Sedna: Uma bela jovem de pele branca e sedosa, cabelos longos cobertos de algas, serena, distante e fria. Senhora dos mistérios da vida e da morte, deusa das águas mais profundas dos mares. Rainha das baleias governa os peixes e os mamíferos marinhos das águas frias. Entidade cultuada pelos esquimós.

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ELEMENTOS E SIMBOLOGIA
cores: prata, cinza azulado, azul
pedra: perola
perfume: violeta
elemento: água
animais: golfinhos, baleias
data: 2 de abril
Fluxo de energia: energia relaxante
Planeta Regente: Sedna (10º planeta do sistema Solar)

Dia 2 de abril é uma data especial para os navegantes e pescadores: É neste dia que os esquimós celebram a deusa Sedna: protetora dos mares e dos navegantes. Também em  2 de abril, os antigos portugueses realizavam a festa em celebração de A-Ma: deusa lunar, protetora dos mares e pescadores. Curiosamente em 2 de abril os católicos celebram a festa em homenagem aos santos: São Francisco de Paula, patrono dos navegadores marítimos.  Santa Maria Egipcíaca, patrona dos pescadores.

A LENDA DE SEDNA  (uma das várias lendas atribuídas a origem de Sedna)
A jovem Sedna morava em companhia de seu pai pescador, eles viviam na. A caça e a pesca eram escassas naquela época. Apesar de sua beleza atrair o cortejo de vários homens, nunca se interessou por nenhum deles. Conta à lenda que uma gaivota com poderes mágicos a enfeitiçou... e para tirá-la de casa, prometeu ao  pai que cuidaria bem de sua filha, dando-lhe comida, vestes e uma vida de princesa. Mas em vez do prometido ela foi forçada a viver em um mundo cheio de sujeira e miséria, além disso, era tratada como uma escrava. Tempos depois, seu pai foi visitá-la na terra dos pássaros, chegando lá, ficou chocado com a situação da filha. Sem poder romper com o trato, optou por resgatar sua filha fugindo pelo mar. Mas os pássaros os perseguiram e atacaram o barco. O pai num gesto desesperado para esconder a filha, jogou-a no mar.  Sedna não resistiu ao frio e morreu afogada. Seu corpo submergiu e alcançou nas profundezas dos mares, a terra de Adlivum, mundo dos mortos, onde as almas se purificam antes de irem para o céu obter o descanso e a paz eterna. A magia de sua beleza encantou as almas e os seres do mar, o que lhe garantiu um reino distante de toda a pobreza que viveu. Foi nomeada a senhora dos mistérios da morte e da vida, e os animais marítimos se tornaram seus súditos.

Em outra versão: ...O pai se arrependeu e jogou a filha ao mar. O medo do ataque dos pássaros fez ele cortar os dedos de Sedna quando ela tentava voltar para ao barco... o sangue derramado transformou-se em vários peixes...Sedna se afogou.

RITUAIS XAMÃNICOS
Para garantir a boa pesca e caça aos esquimós, os xamãs em transe vão até seu reino, pintando-se e mutilando as mãos. Através de rituais chegam ao castelo de Sedna para pentear seus cabelos e pedir-lhe que libere as criaturas do mar para a alimentação dos esquimós.

SEU CULTO

O culto a Sedna rompeu fronteiras; na Groenlândia ela é conhecida como Arnakuagsak e no Alasca Nerrivik. Onde rege as águas profundas dos mares, tem o domínio sobre a vida e a morte, desempenha o papel de mãe protetora dos navegantes e pescadores. Alguns xamãs prestam-lhe cultos através de sacrifícios de animais. Neste ritual e celebrado um pacto de obediências as suas leis, quando o homem infringi alguma das leis, ele é castigado com doenças, fome e tempestades.

O PLANETA
Seu nome ficou conhecido mundialmente a partir de 15 de março de 2004, quando astrônomos Instituto de Tecnologia da Califórnia batizaram o 10º planeta do sistema solar com seu nome, Sedna.

INVOCAÇÃO
A deusa Sedna vibra na mesma linha que a Orixá Iemanjá (águas quentes) e a Nossa Senhora dos Navegantes.  A diferença é que Sedna rege as águas frias

O que você precisa para o ritual:
- uma música com som de tambores, não muito agitada
- 1 chocalho
- 1 velas tipo 7 dias, cor azul
- 1 copo azul
- água do mar
- roupa azul - (os cabelos devem estar soltos, evite jóias, fique descalço)
- uma almofada

O Ritual:
- Voltado para o norte, acenda a vela invocando o nome de Sedna 10 vezes, coloque a vela no chão ao lado de um copo azul com água do mar;
- Deixe a música  tocar, solte-se e dance ao ritmo das batidas, utilize o chocalho para acompanhar;
- Com isso seus batimentos cardíacos irão aumentar;
- Ao fim da música se (puder gritar) grite bem alto;
- Deite-se no chão (ou na cama, é importante ficar confortável neste momento), com a cabeça na almofada voltada para o norte;
- Contraia todos os seus músculos,  pernas, braços... feche as mãos e os olhos, faça uma cara de raiva, fique assim por 20 segundos, em seguida solte-se lentamente, respire fundo e relaxe...
- Deitado(a)... sentirá uma  sensação de relaxamento e nesse estágio com os olhos fechados, você ira imaginar uma viagem (astral) ao fundo do mar, ao reino de Sedna, em sua presença faça seu pedido...
- Volte ao seu corpo. Apague a vela.

 (este ritual é uma adaptação do ritual xamânico  que utiliza uma substância  alucinógena para entrar em contato com o submundo)

O que você pode pedir a deusa  Sedna:
- proteção nas viagens marítimas;
- abrir caminhos para o sucesso e riqueza;
- Não deixar que falte alimento na mesa;
- acalmar pessoas nervosas e agitadas;
- quebrar feitiços de amor;
- Sedna pode ser invocada como madrinha ou deusa protetora em rituais iniciáticos de pessoas com elemento água.


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Sedna é uma das principais deusas inuit, é conhecida como a Mãe dos Animais Marinhos.
Várias são as lendas sobre a origem de Sedna e todas tem em comum o fato dela ser uma bela jovem humana vivendo com seu pai.
De acordo com uma dessas lendas, Sedna surgiu como uma mortal, que foi seduzida por um belo caçador em uma canoa. Quando ela embarcou na canoa, percebeu que fora enganada, pois o belo rapaz se revelou como um espírito-pássaro e a obrigou a se casar com ele.
O tempo passou e o pai de Sedna foi visitá-la, percebendo que sua amada filha morava num lugar imundo. Ele a colocou num barco, para fugir de volta para seu lar. Porém, o espírito-pássaro invocou uma tempestade ártica para frustrar a fuga.
Então o pai se desesperou e jogou Sedna ao mar. A jovem, contudo, se agarrou na borda do barco e seu pai se sentiu obrigado a cortar seus dedos. Os dedos cortados se transformaram em animais marinhos, como focas, baleias e morsas.
Sedna foi morar no fundo do mar, de onde reina sobre os animais marinhos.
Outra versão do mito explica que Sedna, uma moça jovem e muito galanteada pelos jovens do povoado onde vivia, nunca aceitava seus pretendentes - até que se apaixonou por um cachorro e com ele casou.
Os jovens pretendentes, raivosos, levaram a moça para o mar dentro de uma canoa e a jogaram nas águas geladas. Para se salvar, Sedna agarrou-se na lateral do barco, mas os homens cortaram seus dedos para que ela morresse afogada.
Quando seus dedos caíram no mar, transformaram-se nas primeiras focas e outros seres marinhos enquanto Sedna ia para o fundo, onde se transformaria na Rainha dos Seres Marinhos.
Sedna, devido ao grande sofrimento pelo qual passou, tornou-se rancorosa, e quando alguém a ofende ela prende todos os animais para que ninguém possa pescar nem caçar. Um homem bravo, com poderes de xamã, deve então ir até o fundo do mar para pentear e desenbaraçar os cabelos de Sedna - sujos e lodosos pelos pecados humanos que afundam na água. Sedna fica agradecida ao ter seus cabelos limpos e arrumados em duas grandes tranças e, por isso, liberta os animais para que a humanidade possa se alimentar outra vez.


Fonte: wikipedia