segunda-feira, 7 de março de 2011

Perspectivas da BRUXARIA Ancestral para 2012

Perspectivas da BRUXARIA Ancestral para 2012

Há três posicionamentos padrão diante das previsões para 2012: 1) considerar que nada acontecerá; 2) considerar que ocorrerá alguma catástrofe global; 3) considerar que nascerá uma nova consciência que mudará o mundo para melhor.

A BRUXARIA ancestral tem como princípio que tudo que existe no universo segue um fluxo que compõe parte do que chamamos de a Dança da Deusa, conceito a grosso modo semelhante ao princípio hermético do ciclo (tudo é cíclico). Sendo assim, aceitamos não só que a civilização como a conhecemos um dia sucumbirá para dar espaço a uma outra forma de civilização, mas também que acidentes de proporções globais que já aconteceram diversas vezes no planeta Terra, alterando sua face, e que são plenamente capazes de destruir as bases desta atual civilização, tornarão a acontecer um dia, e novamente e novamente.

Argumentar que o número de vítimas ou os prejuízos financeiros de catástrofes climáticas recentes só são tão grandes porque o mundo de hoje é muito mais rico e populoso que o de antigamente é infrutífero. O fato é que ao mesmo tempo em que o desequilíbrio climático aumenta, contingentes humanos cada vez maiores se encontram vulneráveis a enchentes, furacões, insolação, secas, incêndios, tsunamis e outros eventos naturais. O mesmo acontece com a tecnologia que nos permite ir muito além dos limites de produção anteriores ao século XX. Com o uso generalizado de eletricidade, componentes eletroeletrônicos, recursos computacionais e tecnologia de informação por satélite, nunca os equipamentos utilizados pelos humanos foram tão vulneráveis a fenômenos naturais e nunca o ser humano foi tão dependente de tecnologia quanto é hoje, tanto individual quanto globalmente. Ainda podemos constatar a fragilidade da economia globalizada, pela interdependência de mercados produtores e consumidores para manutenção do equilíbrio.

Por fim, para citar dois eventos catastróficos ainda não mencionados neste artigo, uma explosão de supervulcão, que cedo ou tarde ocorrerá, pois faz parte da história da Terra, ou a queda de fragmentos de cometa como a que recentemente ocorreu no planeta Júpiter, outro evento nada raro quando contabilizado em eras geológicas, onde quer que ocorressem na face do planeta seriam o bastante para levantar à atmosfera uma nuvem de aerossóis e poeira que destruiria todas as safras a céu aberto do mundo por meses. O ser humano poderia sobreviver a isso, mas a civilização humana não.

Ora, temos o desequilíbrio ambiental como um fato, o que por si só é preocupante, mas aliado a isso temos a civilização dependente de tecnologias como os computadores, energia elétrica e eletroeletrônicos em geral, que podem ser mundialmente atingidas por um vento solar como o de setembro de 1859, capaz de destruir quase totalmente a capacidade produtiva dos países industrializados quiçá até os registros bancários!
E numa noite de céu iluminado por luzes feéricas todos contarão com pouco mais que suas moradias, seus braços e pernas para subsistir. Quantos conseguirão? Quantos entrarão em pânico e se tornarão violentos? Em 2012 acontecerá algo assim?

Isso ninguém pode garantir, mas todos percebemos que estamos nos aproximando em velocidade exponencialmente crescente de uma situação limite, tanto de sustentabilidade climática/ambiental quanto de possibilidades de produção e consumo. Refiro-me ao fato de que as projeções de crescimento econômico parecem ignorar que, ao contrário do que seria de se esperar, o ganho de produtividade propiciado pela tecnologia não reverte em liberação da mão-de-obra para tarefas filosoficamente mais elevadas ou gratificantes, mas em mera acumulação de capital que por sua vez torna necessário um novo aumento da produção. E a roldão da tecnologia o ser humano é forçado a produzir cada vez mais, ou seja, a comprimir em sua jornada de trabalho uma produção cada vez maior. Na outra ponta, o lançamento de novos produtos e a atualização tecnológica dos já existentes incrementa a necessidade de consumo. É hora de lembrar que todo império que não conhece limites acaba ruindo em função de seu próprio agigantamento.

Em suma, nos parece haver diversas forças e eventos que se combinam para dar um término a esta era de materialismo. O surgimento da física quântica, o resgate do PAGANISMO , a difusão do acesso às terapias alternativas são alguns dos elementos que fermentam o surgimento de uma nova civilização; o desequilíbrio climático, o esgotamento da capacidade produtiva da mão-de-obra e a incapacidade dos governos de desempenhar seu papel, fato evidenciado na terceirização dos serviços de saúde, manutenção de estradas, ensino e segurança privada, dentre outros, são catalizadores do esfacelamento desta civilização.

Alteração radical de condições ambientais em diversas partes do mundo, mega tsunamis em áreas densamente povoadas, explosão de supervulcão, queda de algum grande meteorito, mega vento solar atingindo a Terra, ninguém contesta que um destes eventos ocorrerá. E basta fazer um pequeno esforço de imaginação para concluir que a civilização atual não seria capaz sobreviver a qualquer deles.

Por fim, podemos inverter um pouco a lógica e nos perguntar: se já vivemos uma crise ambiental global, se a civilização atual está ruindo sob a ditadura do capital (damos nossas vidas pelo dinheiro), se novas formas de perceber o universo estão se alastrando tanto entre os religiosos quanto entre os cientistas, por que dezembro de 2012 não seria uma data aceitável para uma virada?

Como se vê, não se trata nem mesmo de uma profecia, afinal ela não prevê desastres. Se o ser humano chegou a propor que o fim do Calendário Maia é o fim do mundo é porque ele percebe que existe muita coisa fora do lugar, que a civilização se transformou num castelo de cartas, e que o menor vento que o atinja o fará em mil pedaços. A segunda e a terceira propostas são conciliáveis: ocorrerá alguma catástrofe global e em meio à crise que gerará muito sofrimento, uma nova consciência começará a se espalhar, encerrando a grande era do materialismo. A primeira proposta é um resguardo: pode até não acontecer em 2012, mas é bem razoável inferir que não iremos muito além.


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Fonte:
http://www.oldreligion.com.br/

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